sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O CINZA DESSES DIAS CINZAS



Os dias nesses dias
Estão de um brilho cinza.
Estão de um brilho fosco.
Exige mais esforço da pupila.
O brilho não brilha.

Nesses dias cinza
A poesia não rima.
A poesia não canta.
Quase estanca.
A retina retém só os fatos.
E não se refina a rima.

Nesses dias cinza
A alma maior
Abriga amiga a dó dos amigos
Prosando em versos sem rima
Verdades tão suas
Recitadas de cór.

Enfim no fim de um dia tão cinza
Ouvi compungido gritar a ciência.
Falou-me alguém do nobre Conselho
Citando a fala da Divina Providência:

Melhor a boa fama do que o melhor ungüento,
E o dia da morte ao do nascimento.
Melhor ir à casa do luto a do banquete,
Naquela está o fim de todos os homens,
E os vivos aprimoram de si o conhecimento.

Melhor é a mágoa do que o riso
Com a tristeza do rosto
Faz-se melhor o espírito.
Melhor o fim das coisas do que seu princípio .

Autoria: Luiz Flor dos Santos, pastor na cidade de São Gonçalo do Amarante, Ceará na Igreja Batista Fundamentalista Cristo é Vida.

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